quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

O DESPERTAR DE UMA NOVA CONSCIÊNCIA




Vivemos tempos excepcionais, de transformações profundas que estão modificando a face da Terra e afetando a humanidade, como um todo.
O nosso planeta cobre-se de fluxos e redes múltiplas, cada vez mais densas (transportes, telecomunicações,capitais, tecnologia, informações...) que interligam nações, num processo crescente de globalização. A nova ordem estabelecida pelas telecomunicações, meios de transportes, as novas tecnologias, entre outras, proporcionam ao mundo uma maior velocidade dos negócios e comunicação entre os seres humanos.

Acredita-se que a globalização define uma nova era da história da humanidade onde os países cada vez estão mais dependentes uns dos outros e a Terra começa a tornar-se uma imensa “Aldeia Global”. As possibilidades de isolamento quase não existem mais. O ser humano, onde estiver, pode ser afetado por fatos, acontecimentos, positivos ou negativos que repercutem mundo afora.

Pesquisas recentes, feitas por cientistas, confirmam os perigos do aquecimento global, apontando grande parte da responsabilidade ao ser humano, neste processo todo que ameaça a sobrevivência, não só da raça humana, como também atinge diretamente a vida de outras espécies na Terra, colocando-as em risco de extinção.

O planeta encontra-se em convulsão. A deterioração ambiental é acompanhada pelo aumento da violência e da desigualdade, em várias partes do globo, gerando guerras, conflitos, fome, miséria, desentendimentos, chacinas, e tantas outras atrocidades, revelando também uma deterioração dos valores que dignificam o ser humano. Podemos dizer que estamos presenciando uma crise de valores, sem precedentes na nossa história. Valores, como honra, solidariedade, bondade, ética, honestidade, justiça, benevolência, entre outros tantos, parecem estar escassos no mundo de hoje.

No que implicam essas mudanças e transformações nesta assim chamada era da revolução tecnológica, onde claramente vivenciamos uma mudança profunda na forma como interagimos com o mundo? Que mundo nos aguarda e qual é verdadeiramente a nossa responsabilidade por este mundo caótico que nos rodeia? Por esta eminente ameaça que coloca em risco a vida nesse nosso planeta?

Somos meramente joguetes das forças do Destino ou podemos atuar para mudar o curso dos acontecimentos? Emergirá com o tempo “uma humanidade pacificada, reconciliada com ela própria, assumindo na unidade os seus problemas?”. Ou pelo contrário, “uma fragmentação sem fim das sociedades e dos povos, cada indivíduo afirmando o seu direito à felicidade e rejeitando qualquer lealdade absoluta e perpétua?”. Teremos “a vinda de um indivíduo potente, libertado de todas as peias ou a multiplicação de tribos, de bandos feitos e desfeitos ao sabor deste ou daquele acontecimento?”

Muitas perguntas ainda sem resposta, muitos desafios inquestionavelmente a serem enfrentados que poderão nos conduzir à nossa salvação, enquanto espécie, ou à nossa destruição. Acredito que o que virá, depende dos nossos pensamentos e palavras na forma de uma ação consciente e deliberada.

Precisamos "servir e apoiar os outros com devoção e compaixão. Começando pela nossa própria transformação pessoal e, mediante serviço para fazer a diferença, é como acreditamos que vamos chegar a essa massa crítica de pessoas que juntas, emerge como a nova humanidade. 

Os valores e os princípios do movimento emergente para uma nova humanidade se baseiam no apoio à políticas, causas e ações que favoreçam o respeito pela vida, pela dignidade humana, pela liberdade com responsabilidade, pela sustentabilidade ecológica e pela paz”, entre outros. 

Por Terezinha Vareschi em abril 2008